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Surto de raptos na capital moçambicana disparou em 2012/Nélson Garrido

Magistrado tinha em mãos casos de sequestros na capital moçambicana. Não é a primeira vez que morre um procurador ligado à investigação do surto de raptos.

O procurador moçambicano Marcelino Vilankulo foi assassinado a tiro nos arredores de Maputo na noite de Segunda-feira, enquanto seguia de carro para a sua casa. A notícia foi avançada pelo diário moçambicano Jornal Notícias. Fotografias publicadas mais tarde em blogues moçambicanos parecem mostrar o corpo de Vilankulo, no lugar do condutor, baleado na cabeça e tronco.

Marcelino Vilankulo operava em Maputo e tinha a seu cargo várias investigações ligadas à onda de sequestros na capital moçambicana. Um destes casos envolverá Danish Satar, sobrinho de Momed “Nini” Satar, um dos mais mediáticos entre os condenados pelo homicídio do jornalista moçambicano Carlos Cardoso, em 2000. “Nini” está em liberdade condicional.

O seu sobrinho, Danish, foi deportado de Itália para Moçambique no final do último ano. A agência Lusa diz desconhecer-se o motivo da deportação de Danish, uma vez que este aguardava em liberdade o correr de um processo em que é indicado em vários casos de sequestros.

A Lusa recorda também o caso de um outro procurador moçambicano morto a tiro em 2014: Diniz Silica, assassinado também em Maputo, tal como Marcelino Vilankulo lidava também com casos ligados ao surto de raptos na capital moçambicana que já fez dezenas de mortos desde 2012.